terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Ministério da Cultura terá R$ 129,5 milhões para museus em 2012

ara o ano que vem, Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lançará novas edições dos programas de fomento e de qualificação em museologia
 Em 2012, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), autarquia federal ligada ao Ministério da Cultura responsável pela Política Nacional de Museus e pela melhoria dos serviços do setor, terá um orçamento de R$ 129,5 milhões. Se houver a aprovação de algumas emendas parlamentares, o valor sobe em 42%.
O orçamento do Ibram será investido em diversas ações visando o fomento à área. Estão previstas uma nova edição do Programa de Fomento Ibram, além da continuidade do Programa de Qualificação em Museologia e a ampliação, em pelo menos 20%, do número de exposições nos 30 museus integrantes da estrutura do Ibram.
O Instituto pretende, ainda, aprovar o Projeto do Legado Cultural para o Setor Museal, que prevê a destinação de R$ 200 milhões por ano, até 2014, para a modernização, qualificação e garantia de atratividade dos museus brasileiros para os megaeventos esportivos que serão realizados no Brasil.
Entre as atividades previstas para 2012 estão a realização do Fórum Nacional de Museus (de 16 a 20 de julho), da X Semana Nacional de Museus (de 14 a 20 de maio) e da 6ª Primavera dos Museus (em setembro).
O Brasil também sediará uma reunião com especialistas em patrimônio museológico e coleções para discutir um marco regulatório internacional para o setor, sob a coordenação do Ibram, conforme proposta aprovada pela Unesco. Além disso, terão início as reuniões do projeto Conexões Ibram, que objetiva a disseminação e o desenvolvimento de temas estruturantes para a área museal em estados e municípios.
Balanço

Em 2011, o Ibram promoveu diversas ações de divulgação, fomento e incentivo à universalização do acesso à memória do Brasil. O Programa de Fomento aos Museus Ibram 2011 lançou 10 editais, sendo seis inéditos, destinando R$ 16 milhões em prêmios e projetos relacionados a museus. Além do fomento à implantação e modernização de museus e a projetos educacionais e de memória social, houve incentivo a artistas contemporâneos e premiações para roteiristas, jornalistas e carnavalescos que divulgassem a temática museal em diversas mídias. No total serão mais de 200 iniciativas contempladas.
A inauguração do Centro Nacional de Estudos e Documentação da Museologia (Cenedom) e o lançamento das publicações Museus em Números e Guia dos Museus Brasileiros demonstram a preocupação do Instituto em fazer um diagnóstico do setor para balizar a formulação e a avaliação de políticas públicas e pesquisas sobre os museus brasileiros.
O Guia dos Museus Brasileiros traz dados como ano de criação, endereço, horário de funcionamento, tipologia de acervo, entre outras informações de mais de 3 mil museus mapeados pelo Ibram. Já nos dois volumes da publicação Museus em Números é feito um panorama estatístico nacional e internacional do setor de museus com textos analíticos e dados sobre as instituições cadastradas pelo Ibram.
Além de realizar mais de 70 exposições temporárias e itinerantes nos 30 museus federais que fazem parte de sua estrutura, o Ibram estimulou a circulação e o intercâmbio de acervos e coleções inclusive internacionalmente. Quase 200 obras foram enviadas ao Festival Europalia, na Bélgica e países vizinhos, que teve o Brasil como tema deste ano. Além disso, o Ibram também colaborou acompanhando a fase de pré-produção e produção do evento.
Outro destaque do ano foi a ampliação do projeto de museologia social, com o aumento do número de oficinas de qualificação e a realização de exposições marcando o lançamento de diversos Pontos de Memória. Na sede do Instituto e também nos museus que integram sua estrutura foram realizados seminários, mesas redondas e palestras. Merece menção também a reabertura da Galeria de Arte Brasileira do Século XIX, no Museu Nacional de Belas Artes e do Palácio Rio Negro, que estavam fechados para reformas.

Contatos para a imprensa:
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Soraia Costa – soraia.costa@museus.gov.br – (61) 2024-4035/ (61) 9619-5445

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O Louvre abre nova iluminação, mais eficientes e ecológicas

O Museu do Louvre, em Paris lançou terça-feira 6 de dezembro a primeira fase de sua nova iluminação externa que afeta a Pirâmide, o pyramidion Hall e Colbert, foram substituídas as lâmpadas de xenon para pontos de iluminação LED, com uma economia de energia anual de 73%. A mudança foi responsável pela Toshiba multinacionais, entre outras coisas, é a maior fabricante de LED (diodo emissor de luz) do Japão, e tem promovido essa mudança como uma carta de apresentação na Europa.


 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Exposição resgata acervo do antigo Imperial Instituto Agrícola da Bahia

Foto do Acervo.
Está em cartaz no Memorial do Ensino Agrícola Superior da Bahia (MEASB), vinculado à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a exposição que retrata “A representação dos Laboratórios de História Natural através do acervo e fotografias do antigo Imperial Instituto Agrícola da Bahia”. Trata-se de uma iniciativa das estudantes do curso de Museologia e estagiárias do MEASB, Vera Lúcia Rocha, Camila Silva e Crislane Oliveira, com apoio das estudantes voluntárias, Sura Carmo e Idaiane de Freitas e do servidor responsável pelo setor, Alfredo Bloisi. A supervisão geral é da professora Patrícia dos Santos.

A exposição resgata parte da história dos laboratórios do Imperial Instituto Agrícola da Bahia, fundado em 1859, que abriu caminhos para o desenvolvimento da pesquisa e docência em ciências naturais no Brasil. O acervo conta com equipamentos datados da época e utilizados em experimentos de química, como balanças, microscópios e refratômetro. Estão expostas também peças taxidermizadas de anatomia veterinária, entre as quais trabalhos de empalhamento, embalsamento e osteotecnia, incluindo um esqueleto bovino de mais de 150 anos, que hoje pertencem ao Laboratório de Anatomia e Fisiologia Animal (LAFA) da UFRB.

Como parte da preservação da memória, está em exposição a ata de liberação do Imperial Instituto, assinada pelo imperador D. Pedro II. Tem ainda fotografias antigas e uma galeria reservada aos retratos dos diretores que se sucederam à frente do instituto. É possível conferir também publicações raras, como o manuscrito da “Histoire Naturalle des Dorades de la Chine”, de Louis Edme Billardon de Sauvigny e François Nicolas Martinet, datado de 1780, e dois exemplares, um livro-texto e um livro-ficha, do “Sertum Palmarum Brasiliensium”, de João Barbosa Rodrigues, primeiro diretor do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, datados de 1902.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Resposta a reitoria e a sociedade

MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

Nota pública do coletivo de paralisação
 #PARALISARPARAMOBILIZAR

            Diante das decisões divulgadas pelo reitor da UFRB no dia 26 de Setembro de 2011, deliberamos e entendemos que devemos uma explicação a sociedade e não somente a universidade.
 
            O primeiro ponto refere-se à formação da mesa de negociação e da câmera Inter setorial. Nesta nota publica, a reitoria avalia que somente estas ações seriam necessárias para a plena comunicação. Esquece-se esta que, a multicampia, um sistema herdado da ditadura militar, onde os campi foram descentralizados serviam apenas para desarticular ideias importantes. Além disso, esta mesma reitoria esqueceu também que os estudante da UFRB ainda estão se organizando. No entanto, para alçar uma discussão foi preciso que embasássemo-nos com documentação necessária para apurar as irregularidades dos campi de Cruz das Almas, Cachoeira, Santo Antônio de Jesus e Amargosa. Ainda neste ponto a reitoria nos acusa de causar “prejuízos” administrativos, financeiros, sociais e acadêmicos. Contudo, avaliamos que o prejuízo maior quem sofre é a sociedade que deposita regularmente pagamentos via impostos e não sabe no que este dinheiro é aplicado. Prejuízo será formar profissionais sem qualificação colocando em risco essa mesma sociedade que não terá o retorno desejado.
 
            A segunda questão colocada pelo reitor sobre a “ideia fixa” de falarmos somente da PROPAAE, não é descabida. Mesmo sendo pouco mais de 10% da população estudantil da UFRB a usufruir dos benefícios, entendemos a importância e a necessidade dessas politicas afirmativas e o quanto elas precisam ser ampliadas, visto que 70% dos estudantes da UFRB são originários das classes C, D e E, e aproximadamente 80% do corpo estudantil se declara afrodescendente. O que nos espanta é a reitoria utilizar a PROPAAE como manobra de retaliação para com este movimento. O Coletivo insiste em reafirmar que as dependências administrativas necessárias para efetivar os benefícios devem e podem executar suas atividades.
 
            A terceira questão referente às agressões verbais ocorreu de ambos os lados. Se houve por parte deste movimento atitudes intempestivas pedimos publicamente desculpas. O nosso intuito era nos fazer ouvir diante da impossibilidade de permanecermos no mesmo local para discutir as melhorias que servirão tanto aos professores, servidores quanto aos estudantes. Discordamos ainda da informação que não existe uma representação única por parte do movimento. Temos vinte pessoas (efetivos e suplentes) que estão responsáveis para comparecer a mesa de negociação, sendo que presencialmente apenas dez participam dessas reuniões por vez. Lembramos ainda que o reitor deveria implantar o sistema de negociação proposto em 2008 quando as mesas eram abertas e democráticas congregando todos os estudantes.
 
            O quarto ponto se refere à palavra “greve”, não estamos fazendo greve e sim paralisação. Não somos remunerados para fazer este movimento que é apartidário, independente e democrático. 
 
            O ultimo ponto trata da dissolução da mesa de negociação por parte do reitor. Nós do Coletivo de Paralisação reiteramos a importância e a necessidade de retomarmos as negociações a fim de estabelecer um diálogo e encontrar soluções acerca dos impasses.
 
            Informamos ainda à sociedade que a ocupação da UFRB pelos estudantes está fundamentada em documentos da Controladoria Geral da União (CGU) que revelam irregularidades nas obras licitadas até o ano de 2009. Segundo a CGU, os resultados dos trabalhos que constam no relatório nº 245382, foi verificado que não há conformidade entre a documentação apresentada pela UFRB com as exigências do Tribunal de Contas da União (TCU). Foram destinados, através do Programa, "Brasil Universitário", que diz respeito a 87,4% (valor de R $83.945.054,00) dos recursos geridos pela Universidade no exercício de 2009 (total de R$ 96.088.427,00)”. A falta de desempenho da UFRB foi justificada varias vezes por “dificuldades técnicas e gerenciais e da carência de recursos humanos especializados”. Observamos que somente no campus de Amargosa, cujo terreno foi drenado para receber as instalações da UFRB, foram gastos cerca de 9 milhões de reais. Contudo, as instalações/estruturas não correspondem às verbas aplicadas, como exemplo o curso de Educação Física que não possui um complexo poliesportivo que é de suma importância para formação profissional. Já no campus de Cruz das Almas mesmo tendo disponível R$ 1.356.385,52 o complexo de laboratórios de Engenharia Florestal sequer tiveram as obras licitadas. Ainda no mesmo campus, uma verba destinada no valor de R$ 3.839.034,88 para construção do hospital de Medicina Veterinária não foi utilizada no seu total, pagando apenas á empresa o valor de R$ 259.796,97
 
            Ressaltamos ainda que os 96 milhões poderiam ter sidos administrados em reformas de prédios já existentes, aquisições de equipamentos, mobílias e outros gastos para a implementação dos campi. Isso sem citar os indícios de superfaturamento nas obras dos 7 laboratórios do campus de Cruz das Almas notificados pela CGU referentes ao relatório de 2010, entregue em março de 2011.  O que nos faz perceber que a falta de laboratórios, salas de aulas equipadas, acervos bibliográficos e outros itens para a formação plena deixaram de ser adquiridos por falta de uma boa administração. Neste momento, estamos nos mobilizando para que os estudantes da UFRB possam efetivamente contribuir para o desenvolvimento do Brasil. 
 
             Queremos profissionais plenos para a sociedade brasileira, não apenas meros reprodutores de ideias abstratas. Continuaremos a divulgar o que está ocorrendo na UFRB para que a sociedade brasileira tenha pleno conhecimento dos investimentos federais. Todos nós pagamos impostos que se revertem em verbas para fazer o Brasil. Os investimentos na UFRB não são diferentes. Queremos uma UFRB decente.


27 de setembro de 2011

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Estudantes em Greve sofrem tentativa de homicídio

Estudantes em Greve de Ocupação na Universidade Federal do Reconcavo da Bahia sofrem tentativa de Homicído por parte de estudantes contrarios apioados pela Reitoria. Veja nota abaixo:
 
Na última quarta-feira, dia 21/09, o movimento Mobilizar para Solucionar, contrário a paralisação estudantil, divulgou em rádio local e redes sociais uma reunião que aconteceu em frente ao Pavilhão de Aula II, que recebeu a presença de estudantes, do Pró-reitor da PROPAAE, Ronaldo Bastos, dos Assessores do Reitor, Luiz Flavio Godinho e Charles Carmo e de alguns docentes, inclusive da professora Maria Conceição Soglia, esposa do Vice-Reitor. No momento de voz dos presentes, era possível perceber certo tom de agressividade sempre objetivando o retorno das aulas o mais rápido possível e a qualquer custo. Como encaminhamento da reunião foi deliberado que representantes iriam até a reitoria dialogar com o movimento Paralisar para Mobilizar, tendo em vista a obtenção de espaço representativo na mesa de negociação. Reiteramos que o Movimento Paralisar para Mobilizar sempre esteve e está aberto ao diálogo no espaço de plenária, onde tod@s tem direito a voz e voto e em momento algum vetamos a presença dos companheir@s.
 
No dia seguinte, esperávamos a presença dos companheiros para que pudéssemos conversar.  Então, por volta das 23:00h  recebemos a informação de que teriam danificado o patrimônio público, arrebentando os cadeados dos Pavilhões de Aulas I e II. Diante disso, alguns estudantes se dirigiram até o local para verificar o que se passava, e ao se aproximarem, reconheceram estudantes que estavam na reunião do dia anterior (Movimento Mobilizar para Solucionar) estes, ao perceberem que foram identificados fizeram ameaças até que um deles ,estando armado, disparou em  direção aos ocupantes que recuaram e acionaram a segurança para que os acompanhassem até o pavilhão invadido.  Os integrantes do Mobilizar para Solucionar fugiram em um carro prata e em motos. Por sorte ninguém se feriu. Nós ocupantes ficamos perplexos diante do ocorrido e nos reunimos em plenária para deliberar as providências cabíveis, e na manhã seguinte prestamos ocorrência na delegacia.
O Movimento Paralisar para Mobilizar repudia, o ato violento de participantes fascistas do Movimento Mobilizar para Solucionar, e todo e qualquer manifestação de apoio por parte de docentes e da reitoria aos mesmos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

NOTA A COMUNIDADE - COLETIVO DE PARALISAÇÃO DOS ESTUDANTES

MOVIMENTO ESTUDANTIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
COLETIVO DE PARALISAÇÃO DOS ESTUDANTES

NOTA A COMUNIDADE

Seguindo o princípio da autonomia e respeito a todos os membros da sociedade, o Coletivo de Paralisação dos Estudantes da UFRB, #ParalisarParaMobilizarUFRB, vem por meio desta informar que estará presente para Mesa de Negociação, dentro das condições estabelecidas pelo coletivo, com os 10 representantes discentes, e os 30 suportes. 

A título de informe, deixamos clara a importância na manutenção do registro audiovisual das Mesas de Negociação, o que configura a democratização no acesso aos assuntos discutidos e deliberados. Assim, reiteramos a necessidade da Reitoria fazer valer a vocação democrática da Universidade, tantas vezes lembrada nas notas publicadas pela própria Reitoria, abrindo espaço para as postagens do Movimento Estudantil, uma vez que a mesma não apresentou justificativa legal para esse impedimento.

Ainda neste sentido, convocamos a Reitoria e os Diretores de Centros para mais uma Mesa de Negociação, dia 23 de setembro (sexta-feira), às 16h00min e deixamos explícito que esta Mesa se configura como última tentativa de definição da metodologia. 

Por último, deixamos aqui nosso repúdio à postura da Reitoria em relação aos assuntos da PROPAAE, quanto ao não funcionamento de suas atividades, uma vez que para outras, de interesse da Direção, estão em funcionamento. Com isso, entendemos essa atitude como boicote a todos os estudantes e principalmente os seus assistidos, posto que não há impedimento por parte do movimento, quanto ao pleno funcionamento relativo às atribuições da PROPAAE.
Em tempo, exigimos mais uma vez e de forma clara, a necessidade da Universidade prestar um esclarecimento público, sobre o caso de Ademir Fernando, estudante encontrado morto próximo às dependências da UFRB, em junho de 2010.

Vale lembrar que este estudante de Cinema permaneceu acampado por quatro meses, no pátio do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), necessitando de assistência à moradia, médica, psicológica e alimentar, as quais lhe foram negadas.

O Movimento Estudantil da UFRB prossegue autônomo e em luta.·.

Coletivo de Paralisação dos Estudantes·.

Cruz das Almas – BA, 22 de setembro de 2011.

Fonte: http://paralisarparamobilizar.blogspot.com/