terça-feira, 31 de maio de 2011

Anarquista sul-coreano é condenado a 18 meses de prisão por objeção de consciência‏

Jihwan Ahn
O jovem anarquista sul-coreano Jihwan Ahn foi condenado a 18 meses de prisão por objeção de consciência em 17 de fevereiro passado, em Seul. Ele está atualmente encarcerado na prisão de Youngdengpo e deverá será libertado em 16 de agosto de 2012. Jihwan recebeu 18 meses de prisão por suas crenças e sua rejeição ao serviço militar. 
 
Em sua declaração, ele afirma:
 
Não vejo razões – seja num sentido legal ou mesmo moral – para explicar a vocês qual o meu critério de consciência, e a história de como esse foi alcançado, ou da veracidade dessa consciência, enquanto eu declaro que me recuso ao serviço militar, de acordo com minha própria consciência. Não estou alegando isso de uma maneira infantil, mas essa é mesmo a minha convicção. Então, eu gosto de subir uma montanha pela manhã, ou de ir à praia quando está chovendo, tirar uma soneca depois do almoço, e colher flores do campo e colocá-las num vaso em minha sala – todas essas coisas você pode fazer livremente, sem permissão. Para mim, não prestar o serviço militar é assim também – uma questão de liberdade individual. Se alguém tenta tirar essa liberdade de mim, é esse alguém que deve explicar por que faz isso. Não sou eu que tenho que explicar porque me sinto feliz quando eu colho uma flor, ou culpado por fazer isso, e todas as outras mudanças emocionais e demais razões de o porque eu gosto de colocar flores em um vaso quando eu as pegar”.
 
Hoje, o problema principal é que depois da minha declaração, o processo legal vai começar. Primeiramente, é um problema pedir a alguém que é declaradamente consciente, que prove a sua consciência; e segundo, há o problema que não houveram debates o suficientes para entender o porque do estado-nação (ou melhor, a comunidade) está tirando a liberdade de alguém. Essa é basicamente uma questão de violência por parte do estado-nação”.
 
Embora a Coréia do Sul tenha sido repetidamente lembrada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU de que deveria reconhecer o direito da objeção consciente – tanto através das Observações Conclusivas ao estado, assim como em sua jurisprudência no caso do objetores conscientes da Coréia do Sul – isso não tem sido feito. Um projeto do governo anterior para introduzir o direito da objeção consciente foi derrubado pelo governo atual.
 
Em novembro de 2010, 965 objetores conscientes estavam cumprindo sentenças nas prisões, de geralmente 18 meses. Atualmente, um dos casos das Observações Conclusivas que teve apelo junto à Corte Constitucional está pendente. Não obstante, as cortes continuam a mandar os objetores para a prisão.
 
Cartas de apoio ao objetor de consciência Jiwahn Ahn podem ser enviadas para este endereço:

Jihwan Ahn
2568
P. O. Box 164
Geumcheon-gu
Seul, República da Coréia
153-600 
 
Tradução > Filipe Ferrari
 
agência de notícias anarquistas-ana

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Monteiro Lobato e o Racismo

REVISTA BRAVO:Pais de mestiço, onde branco não tem força para organizar uma ku klux klan, é pais perdido.” Cartas inéditas revelam a relação entre o escritor Monteiro Lobato e o racismo.
www.mvmob.com.br
 
 
 

Resultado dos trabalhos enviados para o IV Encontro Nacional dos Estudantes de Museologia dos Estudantes da UFRB

Abaixo segue a lista dos nossos colegas selecionados para apresentar trabalho no IV Encontro de Estudantes de Museologia, a lista dos estudantes da UFRB foi cópiada da lista oficial e se por algum motivo algum de nossos colegas ficou de fora, nos avisem para corregirmos o erro. Ficamos feliz com o número de estudantes da UFRB no IV ENEMU, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e o curso de Museologia estará bem representado, PARABÉNS A TODOS & TODAS!


O CARNAVAL DE MARAGOGIPE-BA DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA – UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR
UFRB
Crispim Santos Quirino
MODELO ARQUITETÔNICO DO MUSEU RODIN BAHIA.


UFRB
Dhalila Nogueira Miranda
FESTA D´AJUDA: ENTRE O SAGRADO E O PROFANO (QUANDO O SAGRADO SE MANIFESTA)
UFRB
Edna da Paixão Santos
Gustavo Barroso e suas contribuições para o curso de museologia

UFRB
Aline Conceição dos Santos
Carine da Conceição dos Santos
Cid José da Cruz
Lisânia da Silva Amorim
Neila de jesus Andrade

Projeto de Implantação do Museu Histórico de Governador Mangabeira
UFRB
Antonio Lopes do Vale Junior
Carine da Conceição Santos
Manoela Machado Souza Margarida Batista da Silva
Nadirjane Nogueira Conceição
Renata Ramos dos Santos

A representação do nacional nas obras de Tarsila do Amaral e Cândido Portinari
UFRB
Laerte Araújo Correia
Sura Souza Carmo
Vera Lúcia Oliveira da Rocha

Rio Paraguaçu, Percebido como patrimônio natural e cultural, relevante á história e ao espaço da cidade de Cachoeira.

UFRB
Renata Ramos dos Santos Edilton Mascarenhas Gomes
Idaiane Conceição de Freitas
Roseane Araújo das Neves
Antonio Lopes do Vale Junior
Manoela Machado Souza

CONCEPÇOES E FORMAS DE APROPRIAÇAO SIMBOLICA E ECONOMICA DO PATRIMONIO MATERIAL DA CIDADE DE CACHOEIRA/BA.
UFRB
Elilian Gonçalves Aragão
Meire Livia dos Santos de França





Lista Oficial completa: 

domingo, 29 de maio de 2011

Unesco considera arquivos da ditadura militar como patrimônio da humanidade


Arquivos da ditadura militar brasileira agora fazem parte da “memória do mundo”. Essa é a segunda vez que um projeto brasileiro é aprovado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), tornando-se patrimônio da humanidade.

O projeto apresentado pelo Brasil “Rede de informações e Contrainformação do Regime Militar no Brasil (1964-1985)” foi aprovado pelo Comitê Consultivo Internacional do Programa Memória do Mundo (MoW – Memory of the World), numa reunião ocorrida em Manchester (Reino Unido), no período de 22 a 25 de maio.

Criado pela Unesco em 1992, o programa tem como objetivo preservar e difundir amplamente documentos, arquivos e bibliotecas de grande valor mundial, buscando impedir, assim, que o patrimônio da humanidade seja esquecido.

A candidatura brasileira ao Memória do Mundo incorporou acervos de fundos de órgãos centrais do Serviço Nacional de Informação (Sisni), sob a guarda do Arquivo Nacional, e de órgãos de informação dos estados da Federação, estes custodiados por arquivos estaduais ou por outras entidades parceiras do Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas.

O Memórias Reveladas foi criado em 2009, e sua gestão foi confiada ao Arquivo Nacional. O centro conta hoje com 55 instituições e entidades parceiras, incluindo diversos governos e arquivos estaduais, universidades e centros de documentação, e tem por objetivo atuar como um pólo difusor de informações contidas nos registros documentais sobre as lutas políticas no Brasil nas décadas de 1960 a 1980.

A vitória da candidatura do Brasil garante visibilidade mundial a esses importantes acervos, contribuindo para a sua preservação na medida em que chama a atenção do poder público e da sociedade brasileira para a necessidade de proteger e tornar disponíveis para consulta os arquivos do período do regime militar.

Diego Rabelo - 8760-8438
Diretor JPT- Bahia


Coletivo O Estopim!"Incendiando corações e mentes"  





Por:
Viviane da Silva Santos
Graduanda em Museologia
             UFBA


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Condições dos cursos de Museologia do Brasil

Os últimos anos representam para a Museologia Brasileira um período de grandes avanços, ao todo possuímos 14 cursos de graduação, um Mestrado e um Doutorado na Área. Porém, entendemos que uma pergunta deve ser feita, será que a quantidade de cursos criados foi acompanhada pela expansão na qualidade do ensino, pesquisa e extensão? Para responder este questionamento a comissão Política-Acadêmica do IV ENEMU, formulou algumas perguntas adptadas a partir do questionário e metodologia de Dalla Zen e Machado (2010) para os discentes de graduação do Brasil. Este estudo tem por objetivo mapear a qualidade do ensino de museologia no Brasil, e servir como base para cobrarmos mais avanços na nossa área. 

Referência: 

ZEN, Ana Maria Dalla; MACHADO, Elias Palminor. Quem são, o que pensam e o que esperam os alunos de Museologia: Perfis socieconômicos, representações e expectativas profissionais. Porto Alegre: 2010. 
ZEN, Ana Maria Dalla; MACHADO, Elias Palminor. Perfil dos alunos de Museologia.(Questionário). 
 
 
 

Patrimônio Histórico Desaparece em Feira de Santana



Antigo 1º Batalhão de Polícia Militar.
O prédio do antigo Imperial Asilo dos Enfermos de 1865, que recebeu do monarca D. Pedro II a considerável quantia de dois contos de reis, quando de sua visita a Feira de Santana em 1859 a acada dia que passa desaparece em ruínas em meio a ignorância dos políticos desta cidade. Durante um século o Imperial Asilo que posteriormente voltou a se chamar Santa Casa de Misericórdia atendeu gratuitamente a população de Feira e Região.

No governo de João Marinho Falcão em 1956 com o fim da construção do Hospital D. Pedro a Santa Casa de Misericórdia foi transferida, passando o velho casarão a abrigar o Batalhão de Polícia Militar até passar a ser o Palácio do Menor, onde se pretendia abrigar o menor desamparado de Feira de Santana. O Palácio nunca chegou a ser o que se pretendia, quando muito foi um deposito de crianças onde estas conviviam com um prédio em ruínas, num perigo constante as crianças ali “abrigadas”.

Palácio do Menor em Ruinas.
No dia 12/03/2009 o então superintendente regional do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Carlos Amorim, esteve em Feira de Santana com o objetivo de fazer a declaração de interesse para fins de tombamento, sobre o imóvel onde funcionou a antiga Santa Casa de Misericórdia, que inclusive teve como hospede o então Imperador D. Pedro II. Na época disse o superintendente: “Eu vim a Feira de Santana para fazer a inspeção, pois há interesse do governo federal nesse imóvel. Agora está sendo feito o estudo para o processo de avaliação, que é um pouco demorado, mas o processo de pedido de preservação será imediato”. No entanto ao envés de tombamento o prédio foi “doado” pela Prefeitura de Feira de Santana sob os auspícios do prefeito José Ronaldo, o mesmo que hoje sofre uma ação de improbabilidade administrativa, sem tomar em conta os interesses do município ou mesmo das crianças ali abrigadas ao Serviço Social do Comércio (SESC), mantido pela Confederação Nacional do Comércio, com o intuito de que no local fosse feita uma recuperação do imóvel para o funcionamento de um restaurante escola e até hoje nada foi feito.

O descaso com o patrimônio material e imaterial de Feira de Santana é um reflexo das elites decadentes e dos políticos decrépitos de nossa cidade. 

Luís Antonio Araujo, Feirense, Graduando do 3º semestre em Museologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Pratos, panelas, moringas e caxixis; A cultura imaterial na cerâmica de Coqueiros e Maragogipinho

Fotos: Luís Antonio Araújo
Esta em amostra no foyer do auditório Leite Alves – Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL / UFRB a exposição: Pratos, panelas, moringas e caxixis; A cultura imaterial na cerâmica de Coqueiros e Maragogipinho, como resultado da soma de trabalhos desenvolvidos pelas disciplinas Expologia, Expografia e Exposição Curricular do curso de graduação em Museologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.
A exposição desenvolve-se em quatro módulos: Conhecendo Coqueiros e Maragogipinho, O processo de produção cerâmica, Cine Cerâmica e A mesa colonial do século XIX.
Técnica de cozimento em fogueira


Torno de modelagem das peças

Técnica de cozimento em forno a lenha


Cozinha Colonial

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Museologia no Colegio Georgina Soares Nascimento - FSA.

Editor do Blog e Talabiã Euclides da Casa Fanti Ashanti - MA
O editor do Blog Museu & Sociedade a convite de professores, esteve no último dia 23 de maio de 2011 no Anexo do Colégio Georgina Soares Nascimento, próximo ao Conjunto Feira VII na cidade de Feira de Santana, apresentando uma aula sobre história do Candomblé no Brasil e sua importância enquanto patrimônio imaterial. Foram tratados de temas como Religião de Matriz Africana e sua Origem, a Fé, o Tombamento do terreiro Zoogbodo Malê Bogum Seja Hundê importante bastião da cultura Jeje-Mahi no Recôncavo da Bahia.

Aproveitando a oportunidade foi ainda apresentado o Curso de Museologia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, onde se salientou a importância deste curso para a cidade de Cachoeira e demais cidades do Recôncavo, assim como Feira de Santana que carece de profissionais nesta área e de um museu histórico da cidade.

A palestra serviu de base para a matéria de sociologia, onde os alunos irão apresentar uma performance sobre os Deuses do Panteão africano.

Artigo de Mãe Stella de Oxóssi: 25 de maio: bênção, Mamãe África

Maria Stella de Azevedo Santos
Maria Stella de Azevedo Santos*
Iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá
opo@gmail.com

Ainda de pouco conhecimento da sociedade é o fato de hoje, 25 de maio, se comemorar o Dia da África. Data escolhida porque em 1963 a Organização de Unidade Africana, hoje com o nome de União Africana, foi fundada com o objetivo de ser, internacionalmente, a voz dos africanos. Hoje, o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá está recebendo uma média de cinquenta professores da rede municipal, juntamente com o seu secretário, para conosco comemorar este dia, que se constitui em uma tentativa de que os olhos e os corações do mundo se preocupem e se ocupem de cuidar do povo desse continente, mas também de aprender e apreender sua sabedoria, que, como neta de africana e iniciada em uma religião que tem em África sua matriz, foi a mim transmitida. Oportunidade que tudo faço para não desperdiçar.

Muitas sementes da sabedoria dos africanos, em mim plantadas, ainda não encontraram terreno fértil para germinar, mas não desisto e, por isso, cuido desse terreno em todo momento. Outras há, no entanto, que cresceram e até deram frutos. Foi assim refletindo que resolvi homenagear o berço da humanidade – a África -, aproveitando este precioso espaço de comunicação que a mim foi concedido para, humildemente, tentar espalhar essas sementes, na esperança que elas caiam em terrenos férteis.

Foi através da tradição oral, chamada na língua yorubá de ipitan, que entrei em contato com a maravilhosa arte de viver do africano, que tem na alegria um de seus fundamentos. Entretanto, nós brasileiros, que temos nesse povo uma de nossas descendências, não devemos correr o risco de sermos megalomaníacos e considerar a filosofia africana a melhor. Todo povo possui sua sabedoria, mas a Sabedoria, assim como Deus, é uma só. A mesma base, os mesmo fundamentos, apenas transmitidos de acordo com a cultura e o lugar de viver correspondente. Se foi através da tradição oral que aprendi, é agora na escrita, iwe-kikó, que encontro condições favoráveis para transmitir, a um maior número de pessoas, os ensinamentos absorvidos e os quais ainda pretendo assimilar, de maneira profunda.
Conheçamos, então, um pouco do muito que possui a filosofia do povo africano:

- É na alegria e na generosidade que se encontra a força que se precisa para enfrentar os obstáculos da vida: “Lé tutu lé tutu bó wá” = “Sigamos em frente alegremente, sigamos em frente iluminados, dividindo o alimento adquirido”.

- A palavra tem o poder de materializar o que existe em potencial no universo, por isso os africanos falam muito e alto, quando precisam canalizar sua energia em direção ao que é essencial, mas silenciam nas horas necessárias. Um orin faz entoar: “Tè rolè... Mã dé tè rolè. Báde tè role” = “Eu venero através do silêncio... Eu pretendo cobrir meus olhos e calar-me. Ser conveniente, respeitando através do silêncio”.

- Nosso maior inimigo (como também nosso maior amigo) somo nós mesmos: “Dáààbòbò mi ti arami” = “Proteja-me de mim mesma”.

- O cuidado com o julgamento do outro e também com o instinto de peversidade: “Bí o ba ri o s'ikà bi o ba esè ta ìká wà di méjì” = “Se vir o corpo de um perverso e chutá-lo, serão dois os perversos”.

- O respeito às diferenças: “Iká kò dógbà” = “Os dedos não são iguais”.

- A necessidade de um permanente contato com a Essência Divina que cada um possui: “Eti èmí óré dé ìyàn. Àroyé èmí óré dé ìyà” = “Na dificuldade de decisão e no debate, a Essência Divina amplia a visão para argumentar”.

Como se vê, o corpo da tradição oral africana, que é composto de itan – mito; oriki – parte do mito que é recitada em forma de louvação e vocação; orin – cântico de louvação; adurá – reza; ówe – provérbio serve para nos disciplinar. Entretanto, nenhuma sabedoria tem mais valor do que a filosofia do ìwà, palavra que pode ser traduzida como conduta, natureza, enfim, caráter. Devemos estar atentos aos nossos comportamentos. Pois, como falam os africanos após enterrar um amigo, “ó kù ó, ó kù ó ìwà ré”, querendo dizer, “não podemos lhe acompanhar no resto de sua viagem, agora só fica você e seus comportamentos”.

* Artigo publicado na editoria Opinião do Jornal A Tarde, no dia 25/05/2011


terça-feira, 24 de maio de 2011

LANÇAMENTO DO IBAM MARCA O FINAL DA IX SEMANA DE MUSEUS

O encerramento da IX Semana de Museus em Salvador não poderia ser mais promissor para a classe museológica. O encontro realizado ontem (23.05) à noite no Salão Nobre do Palácio da Aclamação se tornou um ato da categoria em prol da criação do Instituto Baiano de Museus (IBAM). A frase que cunhou a noite foi proferida pela diretora da Diretoria de Museus do IPAC (DIMUS/IPAC), Maria Célia Moura Santos: “Que Venha o IBAM!”.



            Presente ao encontro, o presidente do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), José do Nascimento Júnior, afirmou que a proposta tem apoio do governo federal. “Com esta iniciativa a Bahia volta a assumir sua posição de destaque no cenário nacional e deve se tornar o primeiro estado no Brasil a ter um instituto estadual. A Bahia dará ao Brasil um exemplo a partir da tradição da produção do conhecimento”, disse. 

O diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), Frederico Mendonça, lembrou que a separação entre IPAC e DIMUS é um processo que já vem acontecendo de forma gradativa. “É como um filho que ganha independência”, brincou. Atualmente os museus fazem parte do IPAC. Com a criação do IBAM, eles passam a ter uma estrutura própria.

            O secretário de Cultura, Albino Rubim, participou do encontro e fez questão de ressaltar que a criação do IBAM faz parte das prioridades do governo Jaques Wagner. “Assumi a Secretaria com o compromisso de criar o IBAM. É uma determinação do próprio governador”, contou. Para um salão lotado, Rubim fez questão de afirmar: “Hoje estamos comemorando o nascimento do IBAM”.

Curso Inédito         

Durante o encontro foi anunciada a realização, em Salvador, do Curso de Estudos Avançados em Museologia, numa parceria entre a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia de Lisboa, a Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Museologia (ABM) e a Secretaria de Cultura (Secult) através da Diretoria de Museus (Dimus).

O curso tem carga de 180 horas/aula, mais o tempo para conclusão do TCC. Além de ser único no Brasil o curso ainda oferece uma grande vantagem: todos os créditos podem ser aproveitados no Doutorado da Universidade de Lisboa. “Esta possibilidade de equivalência entre os cursos é um incentivo para que a Bahia forme novos doutores em museologia”, avalia Maria Célia Moura Santos, diretora da Dimus.


“Estamos anunciado aqui, em primeira mão para o Brasil, a realização deste curso. È a segunda vez que ele será realizado no Brasil. A primeira foi em 2008, no Rio de Janeiro, e agora volta a acontecer aqui em Salvador”, conta Mario Chagas, diretor do Ibram. Segundo ele, as razões para a capital baiana ter sido escolhida são muitas, entre elas o fato da Bahia ser o estado do Nordeste com maior número de museus. Além disso, aqui foi criada a segunda escola de Museologia do Brasil e a primeira do Nordeste.

Os objetivos do curso são: promover o desenvolvimento de estudos com o mais alto nível de exigência na área de Museologia; afirmar a Museologia como área de formação em pesquisa no Brasil, em Portugal e em vários países; contribuir de forma inovadora e original para a compreensão da Museologia como recurso de comunicação, desenvolvimento e inclusão social no contexto da sociedade contemporânea.

O Curso de Estudos Avançados em Museologia terá as seguintes disciplinas: Função Social dos Museus; Políticas Culturais e Museologia; Museologia e Educação; Museologia e Comunicação; Museologia, Poder e Gênero; Seminário de Investigação e Sociologia na Cultura.

O corpo docente é formado por: Mario Moutinho, reitor da Universidade Lusófona; Judite Primo, coordenadora do Doutorado em Museologia em Portugal; Maria Célia Moura Santos, diretora da Dimus; Marcelo Cunha e Graça Teixeira, professores da Ufba; Paulo Peixoto, da Universidade de Coimbra; Myrina Sepúlveda, da UERJ; Regina Abreu, da UniRio; Mario Chagas, diretor do Ibram; Cristina Bruno, da USP, entre outros.

As aulas serão ministradas de 1º de agosto a 3 de setembro deste ano. É necessário ter Mestrado para participar. As inscrições e informações completas estão disponíveis no site da Associação Brasileira de Museologia (www.museologia.org.br) e no site do Instituto Brasileiro de Museologia (www.museus.gov.br)


ASSESSORA DE COMUNICAÇÃO DIMUS
MÁRCIA MOREIRA: 71 9127.9790

NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO
71 3117 6445
JORNALISTA: CARINA GAZAR (71 -8855.8619)
ESTAGIÁRIOS: LARISSA D’EÇA E LUIS FERNANDO LISBOA

Laura Luanda
71.3116-6741GEPEL / DIPAC
http://www.ipac.ba.gov.br/

"A identidade se constrói com qualidade cultural,
promovendo um verdadeiro encontro das diferenças."

Enviada por: Viviane da Silva Santos
Graduanda em Museologia/UFBA
 

Terreiros são bens para serem tombados ou registrados?


Evento do IPAC com entrada franca no Conselho de Cultura da Bahia acontece no Dia Mundial da África (25.05) instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1972

Roça do Ventura recentemente tombada pelo IPHAN
Os terreiros de candomblé na Bahia são patrimônios materiais ou imateriais? Eles devem ser tombados – salvaguarda para bens tangíveis – ou registrados – para bens intangíveis? A importância deles está nas suas edificações ou nos símbolos e signos culturais desses espaços sagrados de matriz africana? Essas e outras perguntas servirão de base para o próximo encontro do “Conversando sobre Patrimônio”, projeto do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que convida especialistas para discutir importantes temas sobre bens culturais baianos.

Com a temática da "Salvaguarda do Patrimônio Cultural Afro-brasileiro", o encontro acontece nesta quarta-feira, 25 de maio (2011), às 14h no Conselho Estadual de Cultura (Palácio da Aclamação, Av. 7 de Setembro, 1330, Campo Grande/Forte de São Pedro). A entrada é franca e a reunião ocorre para marcar o “Dia Mundial da África” instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1972

“O reconhecimento oficial da importância da tradição afro-brasileira pelos poderes públicos constituídos é muito recente, já que somente em 1984 o governo federal tombou pela primeira vez na história do Brasil um espaço sagrado de matriz africana”, ressalta o diretor geral do IPAC, Frederico Mendonça.

Um dos maiores expoentes da antropologia brasileira, o professor doutor do Museu Nacional (UFRJ), Gilberto Velho, foi relator do tombamento pelo Iphan/MinC do terreiro de candomblé Casa Branca, em Salvador. Há mais de vinte anos atrás a decisão já foi muito polêmica. “O Iphan geralmente tomba apenas terreiros considerados matrizes, como a Casa Branca, o Bate Folha, o Alaketu, entre outros, e precisamos estudar mais profundamente essas proteções do poder público”, diz Mendonça.

A salvaguarda oficial permite prioridade, do bem tombado ou registrado, nas linhas de apoio financeiro municipais, estaduais, federais ou até internacionais. A dúvida é que existem ou podem ser criados, via decretos estaduais, outras propostas de proteção. No IPAC já existem o tombamento, o registro para manifestações culturais tradicionais, como algumas festas populares, e o registro de lugar, que não tomba o espaço, mas o considera relevante oficialmente. Já em outros estados existem as Áreas de Proteção do Ambiente Cultural (Apacs), como no Rio de Janeiro, utilizadas pela prefeitura para proteger certos bairros ou regiões "descaracterizadas".

Os palestrantes serão os professores doutores da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Fábio Velame e Márcia Santa'anna. Fábio é doutor em Conservação e Restauro, com ênfase em patrimônios imateriais, manifestações culturais e suas relações com arquitetura e cidade, atuando principalmente nos territórios tradicionais e arquitetura étnico-africana e afro-brasileiras, habitação escrava, quilombos, terreiros de candomblé e afoxés, entre outros. Já Márcia é mestre em Conservação e Restauro, doutora em Urbanismo e ex-diretora do Departamento do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
 

O IPAC é responsável pela política pública de preservação e difusão dos bens culturais baianos. As palestras são abertas ao público. Mais informações via telefones 3117-6491 e 3117-6492, ou endereço eletrônico astec.ipac@gmail.com.
 
 
Confira no Flickr as fotos no link abaixo:
http://www.flickr.com/photos/organize/?start_tab=sets
Crédito obrigatório: Lei nº 9610/98

 


Assessoria de Comunicação IPAC - em 22.05.2011 - Jornalista responsável Geraldo Moniz (drt-ba 1498) - (71) 8731-2641.              Contatos: (71) 3117-6490, ascom.ipac@ipac.ba.gov.br - www.ipac.ba.gov.br - Facebook: Ipacba Patrimônio - Twitter: @ipac_ba
 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Cinema UFRB e o Projeto de Animação Brasil-Cuba

A Secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Ana Paula Santana, anunciou  no último sábado (21.05), no encontro com a classe, um convênio do curso de cinema da UFRB com o curso de cinema de Cuba. A proposta é desenvolver uma cooperação entre as duas escolas de cinema para produção de um programa de animação. O Projeto de Animação Brasil-Cuba, da SAv, foi criado no âmbito de cooperação entre os governos cubano e brasileiro, com o objetivo de promover a qualificação e especialização na produção de animação para crianças e a troca de experiências entre artistas e especialistas de infância dos dois países durante a realização da animação O Caminho das Gaivotas.



terça-feira, 17 de maio de 2011

“Bença” um espetáculo do Bando de Teatro Olodum


“Alguém que já viveu e que já acumulou experiências e ensinamentos tem a oferecer,
tem a dar. E também é um portador de toda uma história que foi acumulada.
Por isso que tomar bença significa receber a vibração positiva dessas pessoas.
A bença serve pra quem é abençoado; não pra quem põe a bença”,
Makota Valdina, educadora, religiosa e líder comunitária


O Bando de Teatro Olodum entra em cartaz, em maio, com BENÇA. O espetáculo instalação, que tem o patrocínio da Petrobras, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, entra em cartaz a partir de 06 de maio, às 20h, no Teatro Vila Velha. O respeito aos mais velhos e ao tempo é o tema da peça que valoriza a memória cultural da população afro-brasileira. Em cena, os 17 atores e dois músicos contracenam com os depoimentos em vídeo os músicos Bule-Bule e Cacau do Pandeiro e as religiosas Dona Denir, Ebomi Cici, Makota Valdina e Mãe Hilza, figuras emblemáticas e guardiãs dessa cultura.

Em cartaz até 29 de maio, sempre às sexta e sábados, às 20h, e domingos, às 17h, BENÇA tem concepção e encenação de Márcio Meirelles. “Esse trabalho é um espetáculo instalação, que fomos descobrindo como fazer durante o próprio processo”, reflete Meirelles. “Agora estamos investigando essa relação de nossa dramaturgia com as novas tecnologias, usando os depoimentos, o audiovisual, o universo virtual como parte da narrativa cênica”, completa.  Os fragmentos de diálogos ganham corpo num palco com 20 metros de boca de cena com platéia de dois lados. Nesse espaço, as três projeções de vídeos simultâneas conduzem o espectador, que pode escolher qual deles acompanhar.

São sete temas principais que correspondem a sete diferentes blocos: Começo, Tempo, Mais Velhos, Respeito, Crianças, Morte e Fim. Meia hora antes do começo da peça, a ação já está em andamento – enquanto a platéia vai se acomodando, os atores, no tablado, cantam e tocam tambores e atabaques. Nos telões, imagens de atores negros que começaram a atuar antes de 1990, ano de surgimento do Bando de Teatro Olodum. Para completar, dois componentes do elenco filmam a entrada do público, com transmissão simultânea. A partir daí, a cada bloco dois atores se revezam na filmagem do próprio espetáculo.

Com linguagem contemporânea e não linear, a peça, ao falar dos mais velhos, trata a passagem do tempo como algo construtivo e enriquecedor. Não um tempo cronológico que simplesmente passa, mas o tempo das coisas, ou seja, ele é circular e traz benefícios.

“O tempo, pra cultura Banto, é muito profundo e envolve a formação de tudo, já que não é só o tempo do homem. É aí que entra a ancestralidade. Quando se diz que os Orixás são ancestrais é porque eles vieram antes do ser humano, assim como a natureza veio antes do ser humano. Foram eles que possibilitaram o nascimento da vida humana e o seu desenvolvimento. A gente é o resultado de toda essa natureza criada antes e essa essência de ancestralidade, portanto, deve ser respeitada”, Makota Valdina

BENÇA
Estreia dia 06 de maio
Sextas e sábados, 20h / domingos, 17h ATÉ 29 DE MAIO
Os ingressos custam R$40 inteira e R$20 meia todos os dias.
Promoção
Os 50 primeiros ingressos, de cada sessão, serão disponibilizados a R$ 15 (preço único). Até 24h antes de cada espetáculo.
Instituições e escolas terão descontos na compra acima de 20 ingressos. Cada ingresso ficará no valor de R$ 15 (preço único).
Realização: Bando de Teatro Olodum e Teatro Vila Velha
Tel: 71. 3083-4607
E-mail: bando2@gmail.com


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Vagas ofertadas para o Processo Seletivo 2011.2

No Prosel 2011.2, a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia ofertará 760 vagas em 14 cursos. A seleção ocorrerá através do SISU (Sistema de Seleção Unificada), elaborado pelo MEC para selecionar os candidatos do Enem às vagas das Universidades Federais. Confira as vagas ofertadas para o Prosel 2011.2. Para mais informações sobre o Prosel da UFRB, acesse www.ufrb.edu.br/prosel e www.ufrb.edu.br/dicasenem.